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quinta-feira, 30 de agosto de 2012

QUEM SABE UM DIA?

Eis que cheo ao trigésimo terceiro andar.
Olho pela janela e vejo as pessoas tão pequenas. Todas iguais.
Andando pela rua com celulares modernos, apressadas.
Eu apenas curto o visual aqui de cima.
Com medo de altura.

O suor ainda escorre pelo rosto.
As mãos ainda trêmulas.
A voz embargada.
Mas me sinto bem.
E após dez anos inteiros meu coração balança.
Juntamente com minha incrível vontade de pular.
Quem sabe um dia...

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