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segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

VALE DE LÁGRIMAS

Vale de Lágrimas
Tu és escuro
Quanto mais se anda mais se perde
Tenebroso e feio
Sem som, sem luz
Aqui não há água para se beber
Aqui não há sombra para se abrigar
Ninguém para trocar afetos
Apenas a mais profunda solidão

Vale de almas
Não vale nada
Teu chão é frio
Teu caminho, cheio de lama
Teu odor é fétido
Sem música
Sem poesia
Cheira podre
Cheira a morte

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